Sunday, August 16, 2009

PORTUGUÊS - TATAME #162 - Dossiê Machida, Editorial, Especial, UFC, e muito mais.....


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Editorial

O que seria da história da humanidade sem os revolucionários? Aqueles obstinados seres que, por um ideal, enfrentam a tudo e a todos, nadando contra a corrente, sendo chamados de malucos, até o dia em que provam, na prática, suas teorias e, de malucos, passam a ser reconhecidos como gênios. Poderíamos citar centenas de exemplos na história, na política e na ciência, mas, como o nosso foco aqui são as artes marciais, vamos nos ater a três homens: Mayeda, Gracie e Machida.

No início do século passado, quando a grande maioria dos praticantes de Jiu-Jitsu no Japão enfatizava a "esportização" da modalidade, iniciada com o Judô de Jigoro Kano, seu aluno, Mitsuyo Mayeda Koma, decidiu ganhar o mundo trilhando o caminho mais difícil, fazendo desafios e mostrando a eficiência da mais completa arte japonesa em combates reais.

Depois de participar de centenas de desafios na Europa e nas Américas, Mitsuyo finalmente chegou a Belém do Pará, onde encontrou, em 1916, um outro obstinado revolucionário: Carlos Gracie, que, com a ajuda de seu irmão Hélio, transformou e difundiu os ensinamentos do japonês para o mundo, por intermédio do Gracie Jiu-Jitsu e do Vale-Tudo, nesta que é considerada a maior revolução da história das Artes Marciais: o Ultimate Fighting Championship (UFC), criado por Rorion Gracie, em 1993.

Em 1968, quando o Jiu-Jitsu dos Gracie já era reconhecido por sua eficiência no Brasil e já começava a ser exportado, um outro japonês, Yoshizo Machida, cruzou o mundo e iniciou uma outra revolução silenciosa, coincidentemente também em Belém, o mesmo solo fértil, onde Koma plantou sua semente.

Com 21 anos e apenas duas mudas de roupa na bagagem, Yoshizo chegou ao Pará onde, não só implantou seu Caratê, como fixou residência na cidade, se casando com uma brasileira, com quem teve quatro filhos. Por intermédio de um deles, Lyoto, os Machida vêm impingindo ao mundo do MMA em 2009, uma revolução semelhante a que Royce Gracie fez em 1993, no UFC. A diferença é que o Gracie fazia seus oponentes parecerem crianças, com o Jiu-Jitsu, no chão, enquanto Lyoto vem fazendo o mesmo na luta em pé, com o Caratê, tendo conquistado o cinturão mais cobiçado do UFC após nocautear o invicto Rashad Evans, em sua 15ª vitória consecutiva. Para tentar entender melhor a revolução Machida, fomos à Belém conhecer de perto os protagonistas desta história. O resultado você acompanha a partir da página 14.
Boa leitura e até o mês que vem.

Marcelo Alonso
alonso@tatame.com.br




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Especial

Em março de 2007, quando Lyoto estreou no UFC com vitória, completando oito lutas invicto, fomos a Belém e dedicamos nosso paredão ao Samurai da Amazônia, que, já naquela oportunidade, avisou: “Estou chegado para brigar pelo título e realizar o meu sonho de ser campeão mundial”. Muitos duvidaram, afinal de contas, em um esporte de alto rendimento como o MMA, pode parecer estranho conceber que a categoria mais disputada tenha como campeão um lutador que faça tudo de maneira tão antagônica a todos os outros tops - Lyoto treina com seu pai e irmãos em uma pequena academia em Belém, ao invés de buscar sparrings de alto nível nos grandes centros de treinamento; no lugar de suplementos nutricionais toma açaí e urina e ao invés de praticar Boxe e Muay Thai, treina Caratê, uma modalidade que nunca tivera sua eficiência comprovada no MMA, até então.


Pouco mais de dois anos da publicação daquela reportagem, Lyoto Machida conseguiu calar os poucos que ainda duvidavam de seu estilo e sua filosofia ao emplacar sua 15ª vitórias consecutiva, aplicando um nocaute fulminante no campeão invicto Rashad Evans, garantindo o cinturão mais cobiçado do mundo e a realização de seu maior sonho.

Para entender melhor quem é o homem que está quebrando vários paradigmas do MMA, a TATAME voltou a Belém e, durante três dias, acompanhou de perto a rotina de Lyoto. Registramos seus treinos, conversamos com seus familiares, conhecemos seus amigos, suas manias e passamos uma tarde com seu pai. O resultado deste verdadeiro dossiê, você acompanha na reportagem a seguir.




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Paulão Filho

Vindo de uma luta terrível, quando seu vício por calmantes e a falta de treinos causaram sua primeira derrota na carreira, uma dúvida ficou no ar: Paulão Filho voltaria a lutar em alto nível? Dando um basta nos questionamentos, o faixa-preta aceitou o desafio de enfrentar o duríssimo striker Melvin Manhoef e, com apenas 2min36s de luta, pegou o holandês num justo arm-lock para conquistar a terceira vitória mais rápida de sua carreira – a sexta por chave de braço. “A luta foi mais ou menos o esperado. Eu sabia que ele ia começar muito forte na parte de trocação, que é a praia dele, mas eu consegui me proteger direitinho. Sabia que uma hora ele ia cansar de bater e eu ia conseguir colocar meu jogo de chão em cima dele. Consegui passar, montar e partir pro arm-lock, que é o meu forte”, relembra Paulada.



O peso como problema

Uma das maiores reclamações de Paulão após a única derrota na carreira era o peso. Acostumado a treinar acima de 90kg, o lutador comunicou sua ida para os meio-pesados, esperando eliminar esta barreira, mas, o que o lutador não sabia, é que o destino lhe reservara uma surpresa...

Festa em família

Do outro lado do mundo, Paulo Fernandes, pai do lutador, aguardava apreensivo pelo resultado da luta, e não escondia a felicidade por mais uma vitória. “O que eu mais gostei de ver na vitória dele foi que devolveu sua auto estima. Os japoneses bateram palma, mostrou a recuperação dele...”

Relembrando o drama

Viciado em rohypnol, perigoso remédio tarja preta que era usado sem cuidado, o lutador teve sua primeira derrota no final de 2008, no WEC. Afastado dos treinos e internado em uma clínica, o faixa-preta deixou o mais fanático dos fãs em dúvida sobre o seu retorno...

Galvão e Shaolin: garfo no Japão?

Porém, nem tudo foi festa para os brasileiros no Dream 10. Contrastando com a vitória de Paulão, outros três atletas tupiniquins acabaram derrotados no ringue nipônico...



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Guarda 50-50


O Jiu-Jitsu chegou no Brasil há quase um século. Desde que o japonês Conde Koma ensinou a arte suave para Carlos Gracie, o Jiu-Jitsu vem se desenvolvendo a passos largos. Com o crescimento do número de competições, e de atletas, todo ano o esporte é agraciado com uma nova posição. Foi assim que surgiu a meia-guarda de Roberto Gordo, a omoplata de Nino Schembri, a guarda De La Riva, que leva o nome de seu criador, a guarda aranha, e agora a guarda conhecida como fifty-fifty (50-50).


Diferente das outras posições, não se sabe ao certo quem executou pela primeira vez em um campeonato, mas, nos últimos dois anos, ela vem sendo usada com bastante frequência por Bruno Frazzato e os irmãos Rafael e Guilherme Mendes...

Evolução ou amarração

Um dos pontos mais polêmicos desta posição é exatamente quando o executor encaixa a 50-50 e não consegue raspar. Se o adversário fica preso nesta guarda se equilibrando para não ser raspado, ele também não tem opção para transpô-la...

Como evitar a 50-50

Chegar na posição não é mais nenhum segredo, mas defendê-la ainda é um mistério. Quem costuma aplicá-la, garante que existem algumas defesas...

Arbitragem estuda a posição

Não são apenas os atletas e treinadores que estão estudando a posição, os árbitros da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu também estão atentos para essa novidade. Diretor de arbitragem da CBJJ, Álvaro Mansor garante que está analisando as possibilidades e que é extremamente difícil punir uma situação como essa...





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Minotauro x Couture

Um fez carreira no Japão, o outro nos Estados Unidos. Um conquistou os cinturões do WEF, do Rings, do Pride e do UFC, o outro conquistou, em cinco oportunidades, o cinturão do UFC, em duas categorias diferentes. Essas credenciais tornam Antônio Rodrigo Nogueira, o Minotauro (33), e Randy “The Natural” Couture (46), duas das maiores lendas da história do MMA. Depois de muitos anos sonhando com este confronto, os fãs terão a chance de finalmente ver esse embate histórico no dia 29 de agosto, quando acontece o UFC 102.


Quantas vezes já fomos pegos discutindo como seria uma possível luta entre Rodrigo Minotauro e Randy Couture? Dezenas, centenas, milhares de vezes... Ver um clássico entre Jiu-Jitsu e Wrestling sempre foi um aperitivo a mais para os fãs de MMA, ainda por cima entre duas lendas que fizeram carreira em cantos opostos do planeta. De um lado, o maior finalizador da história do MMA, ídolo no Japão e o único a conquistar quatro cinturões em eventos distintos (WEF, Rings, Pride e UFC). Do outro lado, um atleta que participou de três olimpíadas (1988, 1992 e 1996), venerado em seu país – chegando a receber o título de “Capitão América” - e único lutador da história a ter conquistado o cinturão do UFC em cinco oportunidades (três nos meio-pesados e duas nos pesados), sendo, o último, um feito alcançado aos 42 anos...





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UFC 100

Cristiano Ronaldo, com suas jogadas de efeito e dribles desconcertantes, foi eleito o melhor jogador de futebol do mundo em 2009, mas ninguém ousa colocar Kaká muito atrás do português. Sempre objetivo, o brasileiro comanda seus times às vitórias com uma eficiência incrível. No MMA, os personagens são outros, mas o panorama é praticamente o mesmo. Enquanto o mundo idolatra Anderson Silva, com seus nocautes e vitórias impressionantes, o canadense Georges St. Pierre corre por fora com uma eficiência rara de se ver, dominando os adversários com estratégias bem planejadas e que o conduzem à vitórias incontestáveis.


Foi assim contra Matt Hughes, Jon Fitch, Matt Serra, BJ Penn e, no UFC 100, que aconteceu no dia 11 de julho, com Thiago “Pitbull” Alves. A maneira com que ele vence seus oponentes no octagon pode não encher os olhos dos fãs, mas é de tirar o chapéu. Apesar de fazer parecer fácil, GSP contou à TATAME que o que ele faz está longe disso...





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Bate-papo: Fabio Gurgel

No início dessa década, a Alliance era considerada uma das maiores equipes de Jiu-Jitsu do mundo, tendo conquistado dois títulos Mundiais em 1998 e 99, mas as saídas de grandes estrelas e o racha entre os fundadores enfraqueceram a equipe. O líder da Alliance no Brasil, Fábio Gurgel, deu a volta por cima e, dez anos depois, a equipe é bicambeã mais uma vez. Venceu em 2008 e repetiu a dose em 2009, faturando cinco ouros na faixa-preta masculino, duas pratas e fez uma campeã no feminino, levando o tetracampeonato mundial com pontos de sobra. Na entrevista a seguir, o General, como é chamado pelos alunos, conta como foi reformular a equipe, rebate as críticas e analisa o mercado atual do Jiu-Jitsu.


Depois do turbilhão que a Alliance enfrentou, deu a volta por cima e venceu o Mundial em 2008 e 2009. Como foi esse trabalho de reestruturação?

Ano passado vencemos com quase o dobro de pontos (117 a 66), esse ano a diferença foi menor, embora tenhamos feito mais pontos (122). O trabalho nunca parou, é claro que a saída de vários atletas de qualidade ao mesmo tempo, em 2002, abalou a equipe, mas sempre tivemos confiança de que o tempo jogaria a nosso favor. Fazemos Jiu-Jitsu com amor e dedicação e é isso que oferecemos aos nossos alunos, sempre foi assim e sempre será, o resultado é a consequência de como encaramos o nosso dia a dia...




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