By Eduardo Ferreira
Photo personal archive
Marcos Oliveira started it all on GP of Abu Dhabi. After knocking out Johan Romming on the first phase, at 17 seconds of round one, the Brazilian started to stand out, but believes that he still is the underdog on the tournament. In an interview to TATAME Magazine, the black belt, who splits his routine of seven hours teaching in schools in Abu Dhabi, talked about his expectations to GP, the trainings on the Arab Emirates, analyzed the toughest guys he might confront on the next phases of the championship and a lot more.
How was the fight?
It was the result of five months of hard training and a lot of study. Me and my team, Emirates Team, we have been studying their game for a long time, because he’s a guy coming from good results on the European and he is dangerous. I was well prepared for this fight and I knew he would start with the low kicks. It took only 17 seconds and then it happened. I waited for his kick and then I gave him a straight right-handed punch and it got him. After that I only had to mount on him and keep punching him.
Because you come from Jiu-Jitsu, did you hope to knock him out?
Sim. I came from Jiu-Jitsu, but I also have good Judo and Wrestling. Besides that, I’ve been training boxing since I moved to ATT, in 2002. For this fight in particular, I had the opportunity to know and train with Cesário, who believed in me and trained me with a lot of commitment and dedication. This knockout was the result of almost eight years of training and learning, and now that I trained with him, I accumulated two more in my career.
What are the expectations for the next round?
More training, more overcome and dedication. In fact, I’m the “underdog” on this GP. I’m the guy with the lower number of fights, but I believe I have much more experience with amateur international level championships. I think that this will make a difference and, none of them has a record like mine. Besides that, I believe they’ve already achieved their high level and I’m still growing and developing my potential. My willingness of winning is bigger than everything, that’s why I’ll win. Among the other semifinalists, who has the chance of ruining others athlete’s plans to becoming champions? I believe my next opponent will my hardest obstacle, because if I can’t overcome him, I will not have anything left to think about. The fights weren’t scheduled yet, but I’m studying all of them and setting strategies to each one. I’ll be ready to fight whoever I have to.
You were from ATT and is in Abu Dhabi for the last 10 months. What changed in your trainings?
They are completely different. On ATT I was paid to train and fight, we were focused on that 24 hours a day. We had all the structure needed for a professional team, bunch of top MMA fighters and we reached for a golden star. Here in Abu Dhabi, I’m paid to teach on governments’ schools on a project created by Carlos Santos and Sheikh Mohammad Bin Zayed Nahhyan, on which I have almost 600 students between 10 and 14 years old, and I work seven hours per day. Besides this new reality, I have total support of my team. With the excellent level of athletes that the project had, I believe I’m the tip of the iceberg and that others will come. Nowadays we’re 80 black belts, there’s no team that can get that number of black belts on the same mat every week to train, so it’s impossible that I don’t do a good training. Especially for those who never fought MMA, but entered the mat only to help and support. I believe that this was that was the main difference to me and a strong point of the team.
Who are the people that help you on Abu Dhabi?
All the team helped me a lot, since my wife that even if she was training for the World of Jiu-Jitsu, she did it all just to help me. People who worked on the project came to me and pushed me when I was no excited. My school partner, who took all the responsibility for the classes when I got there tired. I’d rather not point out names, because we’re a team. I thank all of the people from Emirates Team for their support, because without you guys, the project wouldn’t exist. Thank you for believing in my dream and for your help, I’m proud of being part of the history we’re building in this country.
If you win the tournament, do you know what you will do about the money?
That’s the question all local press wants me to answer. The first thing I’ll do is to take three months off, after that I’ll finish some things I had started and I want to achieve, both as on the personal and professional life. This achievement means a great professional dream coming true, as great as this money. But for me, a guy from a neighborhood in Rio de Janeiro names Santa Cruz, who used to wake up at 5:30 in the morning to take a bus and a train to go study and then practice, got home about 11p.m. and did all that for the pleasure of fighting and trying to win a medal on the weekend. For sure, for me, a medal is always more worthy than a dollar. I’d like to thank TATAME for the support and the opportunity to show my work, from where I came from and who I am. Do never give up on your dreams”.
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Marcos pronto para finais do “GP do milhão”
Por Eduardo Ferreira
Foto divulgação
Marcos Oliveira começou com tudo no GP de Abu Dhabi. Após nocautear Johan Romming na primeira fase, em apenas 17 segundos, o brasileiro começou a chamar a atenção, mas acredita que segue como o azarão do torneio. Em entrevista à TATAME, o faixa-preta, que divide sua rotina com sete horas diárias de aulas nas escolas de Abu Dhabi, falou sobre as expectativas para o GP, os treinos nos Emirados Árabes, analisou as maiores pedreiras que podem pinta no seu caminho na fase final do torneio e muito mais.
Como foi a sua luta?
Foi o resultado de cinco meses de treinamento muito pesado e muito estudo. Eu e o meu time, a Emirates Team, vínhamos há muito tempo estudando as lutas dele, pois é um cara que vem de bons resultados pela Europa e é bastante perigoso. Fui muito bem preparado para essa luta e sabia que ele iria começar a luta chutando minhas pernas. Foram necessários apenas 17 segundos para isso acontecer. Esperei o chute e entrei com um direto certeiro, depois foi só terminar no chão.
Por ser do Jiu-Jitsu, você esperava nocautear?
Sim. Venho do Jiu-Jitsu, mas também venho do Judô e do Wrestling. Além disso, já venho treinando Boxe desde que me mudei para ATT, em 2002. Em especial para essa luta, tive a oportunidade de conhecer e poder treinar com o Cezário, ele acreditou em mim e me treinou com muito empenho e dedicação. Esse nocaute foi o resultado de quase oito anos de treinamento e aprendizado, e agora com ele, acumulo dois nocautes em minha carreira.
Qual a expectativa para a próxima fase?
Mais treinamento, mais superação e dedicação. Na real, eu sou o "azarão" desse GP. Sou o cara com o menor número de lutas, mas acredito que sou o com maior experiência em competições internacionais em nível amador. Acho que isso será o meu diferencial e, nenhum deles tem o currículo igual ao meu. Além disso, acredito que eles já chegaram o mais longe que eles puderam e eu só venho crescendo e aprendendo. Minha vontade de ganhar é maior que tudo, por isso hei de vencer.
Dos outros semifinalistas, quem você acha que pode complicar mais os seus planos de se sagrar campeão?
Acredito que o meu próximo oponente será o meu maior obstáculo, pois se eu não passar por ele, nada adiantará pensar nos outros. Ainda não saiu o casamento das lutas, mas já estou estudando todos eles e montando uma estratégia para cada um. Estarei "ready" para quem vier.
Você era da ATT e está há 10 meses em Abu Dhabi. O que mudou na parte de treinamento?
Completamente diferente. Na ATT eu era pago para treinar e lutar, vivíamos focados 24 horas por dia para isso. Tínhamos toda estrutura de um time profissional, um leque de lutadores de ponta do MMA mundial e todos corríamos atrás de um mesmo sonho. Aqui em Abu Dhabi, eu sou pago para dar aula em escolas do governo num projeto criado pelo Carlos Santos e o Sheikh Mohammad Bin Zayed Al Nahhyan, onde tenho quase 600 alunos entre idade de 10 a 14 anos, e trabalho sete horas por dia. Apesar desta nova realidade, conto com o apoio total de todo o time. Com o excelente nível de lutadores que tem no projeto, acredito que eu estou sendo apenas a ponta do iceberg, muitos outros irão aparecer. Hoje somos 80 faixas-pretas, não tem time nenhum no mundo que reúna isso num mesmo tatame toda semana para treinar, então é impossível não conseguir fazer um bom treino. Ainda agradeço aquelas pessoas que nunca fizeram MMA, mas entravam no tatame somente para me ajudar e me apoiar. Acredito que esse foi o meu grande diferencial e o ponto forte do time.
Quem são as pessoas que te ajudam em Abu Dhabi?
Todo o time me ajudou muito, desde minha esposa que mesmo treinando para o Mundial de Jiu-Jitsu fazia tudo para me ajudar. Pessoas que trabalham na parte administrativa do projeto vinham e me davam aquela "dura" no dia que eu estava meio que desanimado. O meu companheiro de escola, que assumia toda a responsabilidade das aulas quando eu chegava muito cansado. Prefiro não citar nomes, pois somos um time. Então agradeço a todos do Emirates Team pelo apoio, pois sem vocês nada seria possível. Obrigado por acreditarem no meu sonho e me ajudarem, tenho muito orgulho de fazer parte dessa história que estamos construindo neste país.
Se vencer o torneio, já sabe o que fazer com a grana?
Essa é a pergunta que todos os jornais locais mais fazem aqui para mim. A primeira coisa que vou fazer é tirar um mês de férias, depois vou terminar de realizar alguns sonhos, tanto no lado profissional quanto no pessoal. Essa conquista será uma realização profissional enorme, tão grande quanto esse dinheiro. Mas para mim, um cara que saiu de um bairro do Rio de Janeiro chamado Santa Cruz, acordava às 5h30 da manhã para pegar ônibus e trem para ir estudar e depois treinar, chegava em casa às 11 da noite e fazia tudo isso pelo prazer de lutar e conquistar uma medalha no final de semana. Com certeza, para mim, uma medalha sempre valeu mais que uma nota de dólar. Gostaria de agradecer à TATAME pelo apoio e a oportunidade de mostrar um pouco do meu trabalho, da onde eu vim e de quem eu sou. Nunca desista dos seus sonhos!
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