Confira abaixo alguns momentos históricos do saudoso Pride.
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Três anos sem o Pride
Por Guilherme Cruz
Foto Marcelo Alonso
Oito de abril de 2007. Nesta noite, em Las Vegas, os fãs de MMA assistiriam, pela última vez, o Pride em ação. Há exatos três anos, o Pride Fighting Championship, considerado por muitos fãs e entusiastas o melhor evento de MMA de todos os tempos, dava o seu último suspiro.
Criado em 1997 com o propósito de casar a luta entre o faixa-preta Rickson Gracie e o pro-wrestler Nobuhiko Takada, o evento foi muito mais que isso. O Pride era um show. O sucesso dos eventos e a parceria com a televisão japonesa lançou o evento mundo afora. Três anos mais tarde, o Pride realizava seu primeiro GP.
Sem limite de peso ou divisão de categorias, o torneio elegeria o melhor “lutador do mundo”. Dezesseis lutadores entraram na disputa, vencida pelo americano Mark Coleman, ao bater Igor Vovchanchyn na grande final.
Em 2002, a parceria com o K-1 tornou o Pride ainda mais forte. Os tradicionais eventos Pride/K-1 Dynamite, que se tornaram marca registrada da parceria, foram responsáveis pelos maiores públicos no Japão, chegando a mais de 70 mil expectadores nas arenas.
BTT X CHUTE BOXE
A rivalidade entre a Brazilian Top Team e Chute Boxe era um tempero a mais no Pride. As duas maiores equipes de Vale Tudo do Brasil se tornaram inimigas após um desentendimento nos bastidores do evento japonês, e a partir daí nasceu o maior clássico da história das lutas.
Wanderlei Silva, Ricardo Arona, Maurício Shogun, Paulo Filho, Murilo Ninja, Rodrigo Minotauro, Zé Mário Sperry... Os duelos foram muitos, e quem mais venceu foi o público, que assistiu a tudo de camarote. Wanderlei, Shogun e Minotauro foram os grandes nomes brazucas do evento japonês.
Entre os pesos médios, o “Cachorro Louco” se tornou rei. Ídolo no Japão, Wandeco venceu torneios, atropelou os maiores cascas-grossas, era apontado com o maior lutador do mundo. Mas seu rival Ricardo Arona roubou a cena em 2005 e o tirou da final do GP. Shogun, porém, vingou o companheiro da Chute Boxe, reequilibrou o duelo com um nocaute sobre Arona na final.
Entre os pesos pesados, Rodrigo Minotauro era imbatível. As vitórias sobre Dan Henderson, Semmy Schilt, Bob Sapp e Mirko Cro Cop, entre outros, o colocou como o número um da categoria, mas um russo chamado Fedor Emelianenko, vencendo dois dos três confrontos entre eles acabou tomando seu posto. Anderson Silva, grande nome do MMA na atualidade, deu seus primeiros passos em eventos internacionais no Pride, onde venceu três de cinco lutas.
O último adeus ao Pride aconteceu no dia 8 de abril de 2007. Com três brasileiros em ação, o Pride realizou um evento em Las Vegas, Mas, por ironia do destino, o show que consagrou os brasileiros no MMA terminou sem vitórias tupiniquins. Edson Draggo, Wagner Zuluzinho e Ricardo Arona acabaram derrotados. Ao longo de dez anos, foram 68 eventos e muitas vitórias brasileiras.
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